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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO



RESENHA
LIVRO: SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO: UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ESCOLA NO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
 AUTOR: PAULO MEKSENAS
 EDITORA: LOYOLA
 ANO: 2005
______________________________

Paulo MEKSENAS (1960 - 2009) era doutor em Educação, mestre em Didática e Bacharel Licenciado em Ciências Sociais pela USP. Atuava no Programa de Pós-Graduação em Educação, assim como no Departamento de Estudos Especializados em Educação, ligado ao Centro de Ciências da Educação (CED) e como docente da UFSC, Lecionava Educação e Epistemologia e Pesquisa e Prática Pedagógica. Coordenou pesquisas, orientou dissertações, monografias e participou de dezenas de bancas. Publicou outros livros, dentre eles: Educação e Sociedade (2005); Cidadania, Poder e Comunicação (2002); Pesquisa Social e Ação Pedagógica: conceitos, métodos e práticas (2001) e Aprendendo Sociologia: a paixão de conhecer a vida (1985).

Em seu livro MEKSENAS descreve o percurso da educação dentro do processo de transformação da sociedade. Ele faz um esboço sobre a importância da educação dentro do processo evolutivo do homem desde o uso da mão como ferramenta ao desenvolvimento de tecnologias para atender as exigências de aprimoramento do conhecimento humano para as novas divisões do trabalho. Junto com o desenvolvimento humano vieram os problemas sociais, mais acentuados com o surgimento do capitalismo que cindiu os indivíduos em classes sociais – proprietários e trabalhadores . A sede pelo lucro buscava a qualificação da mão de obra, o que exigia uma educação sistemática. O sistema educacional, administrado pelo Estado, se incumbia de formar esses indivíduos, porém uma formação sem qualidade para a classe trabalhadora, pois não se desejava um indivíduo crítico, enquanto que as crises sociais exigiam medidas para a compreensão dos problemas vividos pela sociedade. É nesse contexto social que surge a Sociologia – através de Émile Durkheim, Karl Marx e outros. Desenvolveu-se então uma Sociologia da Educação.

A questão social segue atrelada aos problemas e defasagens educacional. MEKSENAS descreve em seu livro os principais proposições de sociólogos críticos e clássicos, sendo este segundo grupo o que acreditavam na educação como reprodutora da ideologia da classe dominante.

O cenário político-econômico do Brasil desde a década de 1955 é retratado por MEKSENAS como um quadro de lutas onde o trabalhador busca por espaços educacionais dignos, pois qualidade não havia para eles. Foi assim, através de movimentos populares, que mães conseguiram reivindicar para seus filhos uma educação que atendesse aos trabalhadores em horários noturnos e em escolas profissionalizantes, como diz GOHN (1999), porém as iniciativas de órgãos oficiais fracassaram. Foram esses movimentos populares e comunitários os verdadeiros responsáveis pela associação do sistema não formal à instituições de ensino privadas , igrejas,  sindicatos e outros setores que fortaleceram a luta dos movimentos.

Segundo o autor , toda movimentação em torno das reformas educacionais nas décadas de 1968 e 1971 não trouxe grandes mudanças ou benefícios à sociedade, pois os acordos entre MEC-USAID só vieram reforçar os laços de dependência da educação nacional aos interesses do capital estrangeiro, “criando massas de alunos com formação universitária rápida e deficiente, meros reprodutores da tecnologia importada” (p.102), já que o capital que deveria ser investido em pesquisas universitárias era direcionado para a importação de tecnologia visando o crescimento industrial no país, além do controle ideológico sobre a educação e a privatização de significativa parcela do ensino. Não significa que MEKSENAS seja contra tecnologias , pois para ele a globalização pode encurtar o tempo e distancia nas relações através das novas tecnologias, podendo tanto apoiar e orientar os interesses populares como também favorecer os interesses capitalistas, pondera o autor.

Embora a LDB de 96 tenha inovado ao tratar da questão sobre inclusão, MEKSENAS lamenta que as disciplinas como sociologia , psicologia e filosofia – consideradas de conteúdo critico, sejam limitadas apenas a cursos superiores de profissionais da área educacional. A escola pública se dá através da junção de forças dos movimentos populares. A democratização da escola – que se dá através da organização popular em movimentos que lutam pelo seus direito, exige desse mesmo povo o conhecimento do funcionamento do Estado e da sociedade de modo crítico. É o redimensionamento do nosso modo de olhar, como diz ALVES (2001). É preciso unir os olhares, ter uma nova percepção do que conhecemos – um olhar para fora, e a apropriação do que podemos mudar, projetar – um olhar para dentro. Só assim mudaremos a visão que muitos têm da escola como reprodutora de adestramento cognitivo ou reduto de micro saberes. É por esse novo olhar que descobriremos a vocação da educação, que para ALVES “fascinada pelo conhecimento do mundo esqueceu-se de sua vocação”. É preciso perceber que o conhecimento não implica em sabedoria, assim como riqueza de verbas e recursos não implica em excelência de ensino, sabedoria implica em aprende a sonhar e a realizar, afirma Rubem ALVES. 

Na visão de MEKSENAS, assim como na de GOHN (1999), a solução para os problemas educacionais na junção de forças dos movimentos populares, pois somente quando educadores, alunos e sociedade unirem forças e mudarem sua postura é que poderão fazer exigências para que o poder público cumpra o papel que lhe cabe.

Resenha escrita por Nilc Rodrigues de Assis, Pedagoga em formação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALVES, Rubem. A escola com que sempre sonhei : sem imaginar que pudesse existir. 6 ed. (2003). Campinas : Papirus, 2001. 120 p.
GAVALDON, Luiza Laforgia. Desnudando a escola: ensino aprendizagem interação disciplina avaliação e muito mais. São Paulo : Pioneira, 1997. 84 p.
GOHN, Maria da Gloria. Movimentos sociais e educação. 3 ed. São Paulo : Cortez, 1999. 117 p.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia da educação: uma introdução ao estudo da escola no processo de transformação social. São Paulo : Loyola, 2005. 144 p.
24-06-2009 08:12:58 - Falece professor Paulo Meksenas do Departamento de Estudos Especializados em Educação . Disponível em:   Acesso em: 07/06/09 às 20:14.

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