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domingo, 25 de dezembro de 2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO


RESENHA

LIVRO:   MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
AUTORA: MARIA DA GLORIA GOHN
EDITORA: CORTEZ,
ANO: 1999

Maria da Glória GOHN é doutora em Ciência Política pela USP, pós-doutora e mestre em Sociologia, atua como pesquisadora da UNICAMP e pesquisadora nível I do CNPq, também é autora de vários livros sobre Movimentos Sociais, dentre eles: Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações no Brasil Contemporâneo (2010); Movimentos sociais no início do século XXI. Antigos e novos atores sociais (2003) e História dos movimentos e lutas sociais (2001)

Em seu livro “Movimentos Sociais e Educação” a autora oferece, com riqueza histórica, importantes informações sobre os movimentos sociais que influenciaram a questão educacional. A cada período de crise econômica houve uma reformulação da educação, o que no início do capitalismo levou os pensadores e sociólogos como Durkheim a buscarem respostas para compreender o desenvolvimento social e seus problemas. No decorrer da história, o que era luta por subsistência passou a ser luta por cidadania. Essas lutas levaram governantes e  representantes da sociedade a criar propostas e reformas educacionais.

Segundo GOHN foi a partir de movimentos populares e de outras tendências sociais que transformações ocorreram na luta por melhorias na educação brasileira. Representantes populares também se engajaram na luta por melhorias urbanas através de movimentos populares, movimentos esses que tiveram caráter educativo na medida em que levavam seus participantes ao conhecimento histórico e à conscientização política, permitindo assim clareza no objetivo do movimento, afirma a autora. Entretanto com o envolvimento de grupos intelectuais na acessória dos movimentos populares perdeu-se o caráter educativo que tornava o saber do povo politizado, gerando o aprendizado e a reflexão sobre si e seu papel na sociedade através da prática dos movimentos populares.

GOHN cita autores como Florestan Fernandes, Gilberto Freire, Caio Prado, dentre tantos outros que tratavam da identidade nacional e do desenvolvimento social e educacional através de seus textos, além de autores internacionais como Paul Singer, R. Aron, Satre e muitos outros que contribuíram para a produção das ciências sociais no Brasil durante o período dos programas sobre educação popular na América Latina. “A educação era um instrumento apresentado como uma técnica, mas que na verdade tinha características políticas” (p. 46)  ressalta a autora.

Ao aponta como fruto da ideologia política focada com maior interesse na mudança econômica que em mudanças sociais, a diminuição da educação popular e um aumento na publicação sobre movimentos sociais. E é ao revelar a considerável perda de autonomia desses movimentos, já que a maioria de seus representantes estavam ligados a partidos políticos ou dependentes de apoio religioso, que GOHN identifica a crise nos movimentos populares à partir da década de 1990. E a crítica da autora vai além, pois as ONGs que surgiram para assessorar os movimentos populares reproduzem a linguagem político-partidária, tomando o lugar da função pedagógica que havia no caráter educativo desses movimentos.
           
Ao finalizar GOHN afirma que não é na assistência paternalista da sociedade (referindo-se à política neoliberal dos anos 80)  e sim na mudança no papel omisso das universidades que se encontram as soluções pontuais imediatas para os problemas educacionais brasileiro,  através da pesquisa-investigação, da geração de novos métodos e tecnologias em busca de soluções para esses problemas  . GONH ainda diz que é chegada a hora dos movimentos e da educação popular se reconciliarem, pois “é preciso consciência da sociedade, ainda que a nível de senso comum, para que as normas e leis sejam respeitadas e cumpridas” (p.68). 


 Resenha escrita por Nilc Rodrigues de Assis, Pedagoga em formação.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALVES, Rubem. A escola com que sempre sonhei : sem imaginar que pudesse existir. 6 ed. (2003). Campinas : Papirus, 2001. 120 p.
GAVALDON, Luiza Laforgia. Desnudando a escola: ensino aprendizagem interação disciplina avaliação e muito mais. São Paulo : Pioneira, 1997. 84 p.
GOHN, Maria da Gloria. Movimentos sociais e educação. 3 ed. São Paulo : Cortez, 1999. 117 p.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia da educação: uma introdução ao estudo da escola no processo de transformação social. São Paulo : Loyola, 2005. 144 p.


SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO



RESENHA
LIVRO: SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO: UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ESCOLA NO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
 AUTOR: PAULO MEKSENAS
 EDITORA: LOYOLA
 ANO: 2005
______________________________

Paulo MEKSENAS (1960 - 2009) era doutor em Educação, mestre em Didática e Bacharel Licenciado em Ciências Sociais pela USP. Atuava no Programa de Pós-Graduação em Educação, assim como no Departamento de Estudos Especializados em Educação, ligado ao Centro de Ciências da Educação (CED) e como docente da UFSC, Lecionava Educação e Epistemologia e Pesquisa e Prática Pedagógica. Coordenou pesquisas, orientou dissertações, monografias e participou de dezenas de bancas. Publicou outros livros, dentre eles: Educação e Sociedade (2005); Cidadania, Poder e Comunicação (2002); Pesquisa Social e Ação Pedagógica: conceitos, métodos e práticas (2001) e Aprendendo Sociologia: a paixão de conhecer a vida (1985).

Em seu livro MEKSENAS descreve o percurso da educação dentro do processo de transformação da sociedade. Ele faz um esboço sobre a importância da educação dentro do processo evolutivo do homem desde o uso da mão como ferramenta ao desenvolvimento de tecnologias para atender as exigências de aprimoramento do conhecimento humano para as novas divisões do trabalho. Junto com o desenvolvimento humano vieram os problemas sociais, mais acentuados com o surgimento do capitalismo que cindiu os indivíduos em classes sociais – proprietários e trabalhadores . A sede pelo lucro buscava a qualificação da mão de obra, o que exigia uma educação sistemática. O sistema educacional, administrado pelo Estado, se incumbia de formar esses indivíduos, porém uma formação sem qualidade para a classe trabalhadora, pois não se desejava um indivíduo crítico, enquanto que as crises sociais exigiam medidas para a compreensão dos problemas vividos pela sociedade. É nesse contexto social que surge a Sociologia – através de Émile Durkheim, Karl Marx e outros. Desenvolveu-se então uma Sociologia da Educação.

A questão social segue atrelada aos problemas e defasagens educacional. MEKSENAS descreve em seu livro os principais proposições de sociólogos críticos e clássicos, sendo este segundo grupo o que acreditavam na educação como reprodutora da ideologia da classe dominante.

O cenário político-econômico do Brasil desde a década de 1955 é retratado por MEKSENAS como um quadro de lutas onde o trabalhador busca por espaços educacionais dignos, pois qualidade não havia para eles. Foi assim, através de movimentos populares, que mães conseguiram reivindicar para seus filhos uma educação que atendesse aos trabalhadores em horários noturnos e em escolas profissionalizantes, como diz GOHN (1999), porém as iniciativas de órgãos oficiais fracassaram. Foram esses movimentos populares e comunitários os verdadeiros responsáveis pela associação do sistema não formal à instituições de ensino privadas , igrejas,  sindicatos e outros setores que fortaleceram a luta dos movimentos.

Segundo o autor , toda movimentação em torno das reformas educacionais nas décadas de 1968 e 1971 não trouxe grandes mudanças ou benefícios à sociedade, pois os acordos entre MEC-USAID só vieram reforçar os laços de dependência da educação nacional aos interesses do capital estrangeiro, “criando massas de alunos com formação universitária rápida e deficiente, meros reprodutores da tecnologia importada” (p.102), já que o capital que deveria ser investido em pesquisas universitárias era direcionado para a importação de tecnologia visando o crescimento industrial no país, além do controle ideológico sobre a educação e a privatização de significativa parcela do ensino. Não significa que MEKSENAS seja contra tecnologias , pois para ele a globalização pode encurtar o tempo e distancia nas relações através das novas tecnologias, podendo tanto apoiar e orientar os interesses populares como também favorecer os interesses capitalistas, pondera o autor.

Embora a LDB de 96 tenha inovado ao tratar da questão sobre inclusão, MEKSENAS lamenta que as disciplinas como sociologia , psicologia e filosofia – consideradas de conteúdo critico, sejam limitadas apenas a cursos superiores de profissionais da área educacional. A escola pública se dá através da junção de forças dos movimentos populares. A democratização da escola – que se dá através da organização popular em movimentos que lutam pelo seus direito, exige desse mesmo povo o conhecimento do funcionamento do Estado e da sociedade de modo crítico. É o redimensionamento do nosso modo de olhar, como diz ALVES (2001). É preciso unir os olhares, ter uma nova percepção do que conhecemos – um olhar para fora, e a apropriação do que podemos mudar, projetar – um olhar para dentro. Só assim mudaremos a visão que muitos têm da escola como reprodutora de adestramento cognitivo ou reduto de micro saberes. É por esse novo olhar que descobriremos a vocação da educação, que para ALVES “fascinada pelo conhecimento do mundo esqueceu-se de sua vocação”. É preciso perceber que o conhecimento não implica em sabedoria, assim como riqueza de verbas e recursos não implica em excelência de ensino, sabedoria implica em aprende a sonhar e a realizar, afirma Rubem ALVES. 

Na visão de MEKSENAS, assim como na de GOHN (1999), a solução para os problemas educacionais na junção de forças dos movimentos populares, pois somente quando educadores, alunos e sociedade unirem forças e mudarem sua postura é que poderão fazer exigências para que o poder público cumpra o papel que lhe cabe.

Resenha escrita por Nilc Rodrigues de Assis, Pedagoga em formação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALVES, Rubem. A escola com que sempre sonhei : sem imaginar que pudesse existir. 6 ed. (2003). Campinas : Papirus, 2001. 120 p.
GAVALDON, Luiza Laforgia. Desnudando a escola: ensino aprendizagem interação disciplina avaliação e muito mais. São Paulo : Pioneira, 1997. 84 p.
GOHN, Maria da Gloria. Movimentos sociais e educação. 3 ed. São Paulo : Cortez, 1999. 117 p.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia da educação: uma introdução ao estudo da escola no processo de transformação social. São Paulo : Loyola, 2005. 144 p.
24-06-2009 08:12:58 - Falece professor Paulo Meksenas do Departamento de Estudos Especializados em Educação . Disponível em:   Acesso em: 07/06/09 às 20:14.

PRESENTE INESPERADO



Sabe aquelas "sapeadas" que damos pela net a procura de algo novo, pois é, fiz isso dia desse e sem querer acabai por esbarrar em um ser encorajador  e iluminado chamado Eliane Gonçalves .

Com ela me lembrei das (In) Certezas que norteiam a prática do Educador...



COMO ENSINAR, PORQUE ENSINAR E O QUE ENSINAR ???

1. Visar sempre a expressão criadora;


2. Estar sempre com as aulas planejadas;


3. Estar sempre preparada para mudar meu planejamento;


4. Potencializar a performance dos meus alunos;


5. Lembrar sempre que arte sem contexto histórico é arte sem memória;


6. Não existe expressão sem conteúdo!


7. Imaginação!


8. Emoção!


9. Comprometer-me com a sociedade em que vivo e com minha ação educativa;


10. Olhar para o fundo dos meus alunos, das suas relações, dos seus modos de vida;


11. Promover uma educação significativa através de conceitos significativos;


12. Facilitar processos de singularização;


13. Construir, des-construir e re-construir;


14. Integrar currículo e cultura;


15. Pesquisar sempre e tudo;


16. Comprometer-me com a libertação da dominação;


17. Celebrar o pluralismo e a diversidade;


18. Promover desenvolvimento cognitivo;


19. Jogar no mesmo time dos meus alunos e não no oposto e, finalmente


20. Ser feliz!

Obrigado Amiga!!!!

A TEORIA DOS GRANDES PENSADORES



Destes só não menciono no texto Rudolf Steiner e Friedrich Froebel , de quem falarei num outro post

Na próxima postagem falarei sobre um professor e teólogo chamado Martin Buber, mas antes gostaria de partilhar a teoria dos grandes pensadores. Mais uma contubirição da amiga Eliane Gonçalves .

 Esse texto relata as contribuições de alguns pensadores para a prática pedagógica dos educadores.Como também, as ideias difundidas por eles, para que, cada educador aprenda como melhorar a sua prática educativa.


Dentre os pensadores destacamos:

ALEXSSANDER NEILL

• Alexander Sutherland Neill, fundador da escola Summerhill, traz novos conceitos de princípios pedagógicos educativos e democráticos extravasando as teorias dos livros de pedagogia e inventando uma nova Escola, com ideias revolucionárias desde o período de sua época, em que eram frequentes o uso da palmatória e os castigos corporais até os dias atuais.

• Em oposição à pedagogia tradicional, tem valores, tais como: a disciplina, a transmissão de conteúdos dos professores para o aluno e a memorização; a pedagogia de Neill, chamada de educação humanística, propõe um novo paradigma educacional, com novos pontos de vista, em que o importante é que a criança tenha liberdade para escolher e decidir o que aprender desenvolvendo-se no seu próprio ritmo.

CARL ROGER

• Desenvolveu teorias sobre a personalidade e prática terapeuta.

• Transcende e engloba as aprendizagens, cognitiva, afetiva e psicomotora.

• O currículo e organização pedagógica são flexíveis.

• A relação professor /aluno tem que haver confiança.

• O aluno é o centro do processo educativo

• O educador tem função de permitir que o aluno desenvolva.

• O educador é um facilitador de aprendizagem.

JOHN DEWEY

• Contribui para a escola nova.

• A escola é o centro.

• A vida da escola não é separada do social

• Trabalhar com projetos.

• Fez crítica a escola tradicional o aluno só decorava.

• A educação é uma necessidade.

CELESTIN FREINET

• Ninguém avança sozinho em sua aprendizagem. A cooperação é fundamental.

OVIDE DECROLY

Conciliação de teorias pedagógicas e educativas na prática educacional.

• A escola é baseada no aluno. A.prática pedagógica é coletiva.

• Objetivos da educação: observação, associação e expressão.

• Base da aprendizagem: aluno/currículo e virce versam

COMÊNIO

Defendia sua pedagogia com a máxima.”Ensinar a tudo e a todos” que sintetizaria os princípios e fundamentos que permitiriam ao homem colocar-se no mundo como autor. Foi considerado o pai da didática.

• Todos são dotados da mesma natureza humana, apesar de terem inteligências diversas.

CLAPARÉDE

• Defendia umas abordagens funcionalistas da psicologia, pela qual o ser humano é acima de tudo um organismo que funciona.

• Criticava a escola do seu tempo, com os argumentos do filosofo norte-americano John Dewey, com quem compartilhava a pregação por uma escola que chamavam de ativa, na qual a aprendizagem se dá pela escola para os alunos.

EMILIA FERREIRO

O aluno é o agente do processo do ensino/aprendizagem.

• Compreender o ler e escrever

• É importante valorizar o conhecimento prévio

HANNAH ARENDT

• A criança ainda não conhece o mundo.

• Valorizava questões da vida política considerada conservadora, defendia a autoridade na sala de aula, na escola, autoridade, obediência, autoritarismo, forma imposta, critica a escola nova. As pessoas não podem ser iguais era preciso manter a hierarquia

HENRI WALLON

Enfatiza o papel da educação; procura explicar os fundamentos da psicologia como ciência, seus aspectos epistemológicos.

• O método adota do por ele é o da observação pura.

MONTESSORI

• Princípios através da psicologia, a criança tem que está livre dentro do limite, liberdade, pedagogia voltada para o sensorial.

PAULO FREIRE

Diálogo libertador e não monólogo opressivo do educador sobre o educando.

• Aprender a aprender; na relação dialógica estabelecida.

• Respeito ao aluno vendo-os como sujeito.

• A leitura do mundo precede a leitura da palavra.

PIAGET

• O conhecimento nasce com a experiência.

VIGOTSKY.

• Para ele os processos de aprendizagens e desenvolvimento estão inter-relacionados, uma vez que a educação proporciona a valorização do contexto sócio cultural dos alunos e seus níveis de elaboração de conhecimento.

• O professor é o mediador da aprendizagem do aluno, ele não se apropria do conhecimento.

O DIÁLOGO DE BUBER



Martin Buber, judeu nascido na Áustria em 1878, era teólogo, jornalista e professor universitário, fundou um centro de ensino judaico em plena Alemanha nazista e acreditava na coexistência pacifica entre judeus e árabes. Aplicando na Pedagogia seus conceitos usados em defesa da paz, Buber tem no diálogo a base de seus pensamentos.


Mais importante no processo educativo do que o sucesso individual é a relação do eu-tu – seria o saber relacionar-se de forma interpessoal, privilegiando a conversa e a cooperação entre crianças. Essa relação só é possível se houver diálogo, pois é do diálogo que valoriza o processo de aprendizagem no ser humano.


Na visão de Buber o outro, o tu, é visto com admiração pela criança desde que ela começa a vivenciar o mundo. A referencia para a percepção de seus próprios limites em relação a suas fantasias e ilusões sobre a sociedade que a cerca será o tu. Gradualmente a criança se percebe como sujeito imperfeito e dependente do tu, das relações – mentais ou sociais. É esse “tu” que vai ajudar na construção do “eu” na criança.


A vivencia com o outro leva o individuo ao impulso de criação, existente para suprir sua necessidade de criar coisas e a si próprio. No entanto a unilateralidade da criação pode levar a criança que não reflete o que faz a se tornar egoísta e consequentemente a não se constituir plenamente.


Entretanto a criança não deve ter por finalidade um ter, a obrigação, mas um fazer bem pensado, uma ação consciente, o prazer da realização.


O papel do professor é ser mediador e interlocutor desse diálogo na gestação do eu. Cabe ao educador ensinas que a valorização da criatividade e do sucesso só ocorre quando estes estão associados à consciência da participação e à necessidade de reciprocidade.


As críticas de Buber estão voltadas ao aprendizado conquistado de formas mecânicas, através de exercícios e aos pedagogos que valorizam e acreditam que o ensino envolve apenas o desenvolvimento intelectual. Ele prioriza o desenvolvimento da habilidade de se relacionar com os outros, respeitando a individualidade dentro da multiplicidade de inclinações e instintos em cada criança e afirma que” a criança quer ser o sujeito do processo de produção (construir ou destruir, apalpar ou bater, etc)” e que realizando por si mesma ela cria o novo.


Segundo Maria Betânia (1), “Buber admite a existência de disposições prévias; relacionadas às capacidades de perceber, imaginar, dar sentido ao mundo, e que fazem parte da nossa singularidade”.


O autor Marcos Gomes relata que para o pensador crianças movida pela paixão de espírito produzem a linguagem. Seguindo então os períodos da teoria de Piaget sobre do desenvolvimento cognitivo da criança veremos que a aquisição de conhecimento ocorre através do desenvolvimento de certas habilidades, como a linguagem e o desenho, passando para o pensamento lógico e chegando à abstração e raciocínio com realismo a cerca do futuro, confirmando assim as afirmações de Buber.


De acordo com Piaget, o papel da ação é fundamental ao desenvolvimento da criança, já que a característica essencial do pensamento lógico é ser operatório, permitir o prolongamento da ação interiorizando-a, formando na criança inteligências inventivas e críticas.


Em suas obras Martin Buber revela sua consciência da importância do diálogo para que a verdade seja estabelecida, pois ele acreditava que no diálogo como a única relação verdadeira e autêntica do ser humano. Isso é fruto de sua influencia filosófica herdada desde sua adolescência onde desenvolveu:

– Com Kant a consciência de que não existe verdade absoluta.

– Com Nietzche a percepção da verdade fragmentada, em flashes, frases poéticas.


Na perspectiva de Paulo Freire(2) o diálogo é um ato de criação e recriação, de coragem e de compromisso, de valentia e liberdade, pois numa relação horizontal entre educador e educando esse diálogo procura a conquista do mundo para a libertação dos homens. Freire apresenta essa relação dialógica para a eficácia de uma pedagogia crítica e transformadora.


Marcos Gomes destaca a tônica humanista das idéias de Buber, onde a consideração pelo outro é essencial na construção do conhecimento, o que inspirou outros pensadores e deu novos rumos à filosofia.


Ao retornar ao espírito do diálogo Socrático Buber exerceu grande influencia ao movimento de renovação da educação no qual a corrente da filosofia existencialista afirmava a existência da criança, aqui e agora, em constante formação. É na construção do ser, do eu que o diálogo se encontra, sendo ele uma das necessidades incorporadas à pedagogia contemporânea.


Morin em “Os sete saberes necessários à educação do futuro”, diz:

“... a interligação de toda a humanidade, esse fenômeno que estamos vivendo hoje em que tudo está conectado, é um outro aspecto que o ensino ainda não tocou... informação que não conseguimos processar e organizar... é importante orientar e guiar essa tomada de consciência social que leva à cidadania para que o indivíduo exerça sua responsabilidade.”


Autor da Teoria das Inteligencias Multiplas, Howard Gardner, em seu livro “Inteligências Múltiplas Ao Redor Do Mundo” enfatiza que os educadores devem conhecer ao máximo a individualização de cada um de seus alunos e usar a pluralização nas diferentes maneiras didáticas (jogos, debates, exercícios práticos, etc.) para um melhor aproveitamento das inteligências múltiplas em sala de aula.


Gardner afirma ainda que as revoluções atuais (globalização, biológica e digital) afetam a maneira de ensinar e de aprender, e que isso irá interferir na forma de pensar a educação no futuro. Mais do que nunca é necessário que as crianças aprendam a usar o seu poder de comunicação, inclusão, compreensão e cooperação com o outro, ou como diz Buber, com o eu. Para que isso ocorra é fundamental a orientação no exercício do diálogo.
_________________________________________________

1 - Maria Betânia do Nascimento Santiago, professora da Faculdade da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em sua tese Diálogo e Educação: O Pensamento Pedagógico em \ Martin Buber, que resume toda a obra do pensador.

2 - Paulo Freire , em trecho do livro: Pedagogia do Oprimido (36.ª ed. Rio de Janeiro: Edições Paz e Terra, 2003), explicando a importância e necessidade de uma pedagogia dialógica.

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REFERÊNCIAS


GOMES, Marcos. Um teólogo que pregava o diálogo. Revista Nova Escola, ed. 225. Editora Abril, Setembro / 2009, p.28 e30.

GADOTTI, Moacir. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2001. p. 156,160,162 e 163.

BARROS, C.S.G.. A Teoria de Jean Piaget. In.: Pontos de Psicologia do Desenvolvimento. Capítulo 11 Desenvolvimento Cognitivo: Piaget e Bruner., ed. 12. São Paulo: Ática, 2005, p.101-109.

ZENTI, Luciana. É difícil fazer o certo se isso contraria os nossos interesses: entrevista com Howard Gardner. Revista Nova Escola, ed. 226. Editora Abril, Outubro /2009

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Esse texto é uma resenha feita por Nilc Rodrigues de Assis :

 TÍTULO:UM TEÓLOGO QUE PREGAVA O DIÁLOGO: Filósofo judeu sugere que os professores ensinem os jovens a conviver com o próximo§
 AUTOR:Marcos Gomes§
 FONTE: Revista Nova Escola, edição 225 - Editora Abril§
 DATA: Setembro / 2009§
 PÁGINAS: 28 e30§

NECESSIDADES ATUAIS NA EDUCAÇÃO


Educar é viver um processo que se inicia no nascimento,  ou como afirma Hannah Arent: "a educação de uma criança começa vinte anos antes de ela nascer", e permanece durante toda a vida, um processo pelo qual somos agentes e pacientes. É um processo de transformação, de crescimento, onde sofremos as mudanças de usos e costumes da nossa sociedade. Educar é essencialmente um ato de amor. 


O momento de aprender não é determinado por nós, mas é durante o amadurecimento que a criança desperta para o aprendizado, a nós cabe exercitá-las para que, ao amadurecer, desenvolvam o auto-conhecimento, posteriormente a reflexão e consequentemente a autonomia.


É necessário uma reformulação das metodologias e técnicas de ensino, pois hoje os valores mudaram e as transformações sociais se refletem nas famílias que cada vez mais têm menos tempo de qualidade com seus filhos e muitas vezes repassam à educação institucional, além da educação intelectual, a incumbência da educação moral e psicológica de seus filhos.


Os limites , que delimitam os direitos e deveres da criança, não são ensinados - ou são mal ensinados. O que devemos entender é que limite em excesso inibe a independência e traz insegurança para a criança, mas a ausência de limites também torna o indivíduo inseguro e desestruturado. O limite - não repressivo, orienta, pois é um ato de amor. A existência dos "nãos" e do "por quê" existentes na família e na escola dão segurança para o indivíduo em sua caminhada.


Exercendo conscientemente sua autoridade (não o autoritarismo) em sala de aula o professor deixa claro os ideais e caminhos a serem seguidos pelos alunos. Quando há uma interação entre professor/aluno, o aluno se torna participativo e o professor realizado no seu ensinar.


O melhor tipo de professor é o que , apesar das circunstâncias, jamais deixa de ser profissional , mas antes entende os problemas e necessidades do aluno e aplica uma metodologia adequada às necessidades para que seu aluno tenha uma aprendizagem satisfatória e significativa. “Estar preocupado com o aluno, procurar levá-lo ao melhor desempenho, reflete a competência do professor”, diz GAVALDON.


As crianças precisam ser estimuladas, trabalhadas para iniciarem a sistematização da leitura e da escrita.Portanto precisamos tomar providências para que a alfabetização seja continuada nas primeiras séries iniciais (1º e 2º ano), pois só assim teremos um menor índice de alunos analfabetos prosseguindo seus estudos , ou pior ainda, saindo “formados” das escolas.



Alguns alunos aprenderão com mais facilidade, pois com ou sem experiência escolar, possuem mais de um esquema mental pronto para a aprendizagem, é um nível mental necessário para a alfabetização, que é, segundo as descobertas de Emília Ferreiro, o aluno estar alfabético. Outros alunos estão nos estágios silábico e silábico-alfabético. Há ainda um terceiro grupo de alunos que estão no estágio pré-silábico. Como educadores devemos proporcionar reais condições de aprendizagem a todos esses grupos, com atividades dirigidas especificamente às suas necessidades, colaborando para o avanço de sua aprendizagem e não apenas mantê-los ocupados em sala de aula.


Rubem Alves diz que,

"um exercício fascinante a se fazer com as crianças seria provocá-las para que elas imaginassem o nascimento dos vários objetos que existem numa casa. Todos os objetos, os mas humildes, têm sua história para contar.[...] Quem é capaz de, na fantasia, reconstruir a história da invenção desses objetos fica mais inteligente."


Nunca podemos nos esquecer que o aluno real é o indivíduo que participa de sua formação com mais autenticidade.


Dar aulas não é o mesmo que Ensinar. Dar aulas é passar o conteúdo programado, enquanto que ensinar é fazer-se entender, levar o outro a "tomar posse", a se apropriar de um conhecimento pleno. É o saber o porquê do aprender, é aprender o saber e saber onde aplicá-lo, como afirma GAVALDON (1997).


Algumas dificuldades no ensino aprendizagem são causadas pelo uso de metodologia sem didática por professores que não dispõem de material concreto, tornando as aulas monótonas e cansativas.


Para favorecer sua didática o professor precisa:

- dominar o conteúdo a ser passado para os alunos - a didática precisa ser fundamentada teoricamente;

- desenvolver habilidade de comunicação - deve haver uma atualização frequente através da troca de experiências.

Os inimigos do educador são:


Rotina
+
Acomodação


É necessário refletir, reavaliar o currículo escolar para atender as necessidades atuais na educação. Nessa reflexão é fundamental que o professor também reavalie sua postura, pois o educador precisa de um novo olhar para dentro, sobre sua prática pedagógica, para que através da percepção de seus conhecimentos possa então projetar um novo olhar para fora, se apropriando do que pode ser desnudado, projetado em sua prática de ensino. É assim, exercitando seus olhares, que o educador levará seu aluno (Real) a se apropriar do conhecimento e tornar-se o sujeito do próprio aprendizado.




REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA



ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. Campinas : Papirus, 2000. 93 p.

GAVALDON, Luiza Laforgia. Desnudando a escola: ensino aprendizagem interação disciplina avaliação e muito mais. São Paulo : Pioneira, 1997. 84 p.

SOCIOLOGIA - A SOCIEDADE HUMANA COMO OBJETO DE ESTUDO

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LIBRAS



Estou apaixonada pela idéia de poder aprender e utilizar Libras em sala de aula, mas, assim como eu, sei que há muitas pessoas que não sabem muito a respeito dessa linguagem, então, em minhas pesquisas descobri um site muito interessante que possui um dicionario de libras on-line (Clique na palavra e acesse o link). Voce também pode usar o cd deste dicionário, basta solicitá-lo pelo INEP.

Primeiro precisamos entender o que é Libras?
Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais
As Línguas de Sinais (LS) são as línguas naturais das comunidades surdas. Não devemos identificá-los como surdos mudos, pois até que se prove o contrario todos possuem capacidade fonética, apenas não foram habituados ou treinados a falar.
Ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias.
Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são compostas pelos níveis lingüísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.
O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas oral-auditivas são denominados sinais nas línguas de sinais.
O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial.
Assim, uma pessoa que entra em contato com uma Língua de Sinais irá aprender uma outra língua, como o Francês, Inglês etc.
Os seus usuários podem discutir filosofia ou política e até mesmo produzir poemas e peças teatrais.

Informações Técnicas

1 -  A LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) tem sua origem na Língua de Sinais Francesa.
As Línguas de Sinais não são universais. Cada país possui a sua própria língua de sinais, que sofre as influências da cultura nacional.
Como qualquer outra língua, ela também possui expressões que diferem de região para região (os regionalismos), o que a legitima ainda mais como língua.

2 -  Os sinais são formados a partir da combinação da forma e do movimento das mãos e do ponto no corpo ou no espaço onde esses sinais são feitos. Nas línguas de sinais podem ser encontrados os seguintes parâmetros que formarão os sinais:
2.1 - Configuração das mãos: São formas das mãos que podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras formas feitas pela mão predominante (mão direita para os destros ou esquerda para os canhotos), ou pelas duas mãos.
Os sinais DESCULPAR, EVITAR e IDADE, por exemplo, possuem a mesma configuração de mão (com a letra y). A diferença é que cada uma é produzida em um ponto diferente no corpo.
2.2 - Ponto de articulação: é o lugar onde incide a mão predominante configurada, ou seja, local onde é feito o sinal, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro.
2.3 -  Movimento: Os sinais podem ter um movimento ou não. Por exemplo, os sinais PENSAR e EM-PÉ não têm movimento; já os sinais EVITAR e TRABALHAR possuem movimento.
2.4 - Expressão facial e/ou corporal: As expressões faciais / corporais são de fundamental importância para o entendimento real do sinal, sendo que a entonação em Língua de Sinais é feita pela expressão facial.
2.5 - Orientação/Direção: Os sinais têm uma direção com relação aos parâmetros acima. Assim, os verbos IR e VIR se opõem em relação à direcionalidade.

3 -  Convenções da LIBRAS
3.1 - A grafia: os sinais em LIBRAS, para simplificação, serão representados na Língua Portuguesa em letra maiúscula. Ex.: CASA, INSTRUTOR.
3.2 - A datilologia (alfabeto manual): usada para expressar nomes de pessoas, lugares e outras palavras que não possuem sinal, estará representada pelas palavras separadas por hífen. Ex.: M-A-R-I-A, H-I-P-Ó-T-E-S-E.
3.3 - Os verbos: serão apresentados no infinitivo. Todas as concordâncias e conjugações são feitas no espaço. Ex.: EU QUERER CURSO.
3.4 - As frases: obedecerão à estrutura da LIBRAS, e não à do Português. Ex.: VOCÊ GOSTAR CURSO? (Você gosta do curso?)
3.5 - Os pronomes pessoais: serão representados pelo sistema de apontação. Apontar em LIBRAS é culturalmente e gramaticalmente aceito.
Para conversar em LIBRAS não basta apenas conhecer os sinais de forma solta, é necessário conhecer a sua estrutura gramatical, combinando-os em frases.

Leitura Recomendada:
Gladis Perlin e Karin Strobel
Universidade Federal de Santa Catarina
Programas de Licenciatura e Bacharelado LIBRAS

Adaptação do texto disponível em libras.org.br
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